domingo, 28 de fevereiro de 2010

LÍNGUÍSTICA

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O QUE É LINGUÍSTICA


Em geral, define-se a linguística como a ciência da linguagem ou como o estudo científico da linguagem. A atribuição de caráter científico à línguística leva, antes de mais nada, a uma indagação sobre o próprio conceito de ciência, e, em seguida, a uma especificidade das características fundamentais que atribuem cientificidade ao estudo linguístico. Por sua vez, a colocação da linguagem como objeto de estudo da linguística e exige dois tipos de esclarecimentos: (1) sobre o real objeto de estudo linguístico, e (2) sobre o que se entende por linguagem, nesse contexto. Só depois de precisados os valores dos termos ciência e linguagem, e esclarecido qual o objeto de estudo da linguística, é que a definição acima poderá ser bem compreendida.





O GERATIVISMO


Com as publicações de Noam Chomsky (1957, 1965 e anos seguintes), linguística americano do Massachusetts Institute of Teachnology(MIT), surgiu uma nova corrente linguística - o gerativismo, frequentemente denominado gramática transformacional , ou gramática gerativa, ou gramática gerativo-transformacional- que constitui uma tentativa de formalização dos fatos linguísticos, isto é, de tratamento matemático - preciso e explicito - das propriedades das línguas. Ela foi denominada gerativa exatamente por ser um sistema de regras e princípios formalizado ou explicito,o que significa que essas regras e princípios só podem ser operados sob condições específicas, sendo, no entanto, automaticamente aplicados desde que satisfeitas essas condições. O efeito desse sistema de regras e princípios será a caracterização da classe potencial infinita das sentenças de uma língua natural, com consequente atribuição, a cada uma dessas sentenças de uma língua natural, com consequente atribuição, a cada uma dessas sentenças, de uma descrição estrutural que represente suas propriedades fonéticas, sintáticas e semânticas. Logo, o termo gerativo também se relaciona com a noção de criatividade, mas não exclusivamente. Para uma gramática seja gerativa é preciso que traduza o aspecto criativo da linguagem por meio de regras e processos explicitos, precisos e de aplicação automática. Apesar de ter surgido como uma reação ao descritivismo(ou linguística taxionômica) bloomfieldiano, em alguns aspectos a teoria de Chomsky foi influenciada pelos trabalhos descritivista americano Zellig S. Harris, do qual Chomsky foi aluno. Em outros aspectos, essa teoria revive o pensamento Cartesiano dos séculos XVII e XVIII. em outros ainda, ela se aproxima do estruturalismo europeu.

A primeira exposição a respeito dessa nova corrente encontra-se em Syntatic Structures, livro publicado por Chomsky em 1957.Nele, o autor examina três modelos de estudo da língua. Os dois primeiros são estruturais, um derivado da teoria da comunicação e outro baseado na análise em constituintes imediatos. Ambos são considerados inadequados. A partir dessa conclusão, Chomsky propõe um outro, que acrescenta à análise de estrutura em constituinte (também institulada estrutura sintagmática) a noção de transformação gramatical(daí gramática transformacional).

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